domingo, 16 de maio de 2021

a palavra pequenina que fala ao coração e ressoa no eu sou... 
hoje, sim. 
hoje, sim. 
hoje, sim.

do barro que jorra do peito em prolixismos intermináveis, vem a força que me prende ao chão. 
eu sou. 
eu sou.
eu sou.

a linguagem dos sórdidos, dos santos e dos sãos. adoecidos os fazeres, os pensares e olhares, a telúrica e infinda roda dos miseráveis. 
nunca mais.
nunca mais.
nunca mais.

são os dias dos homens mais frios, estagnantes, indistinguíveis entre os horrores ensaiados da epopeia
celestial. 

esta guerra que não escolhi.
esta guerra da qual não posso fugir.
esta guerra em mim e nos outros.

porque somos o que somos e, por enquanto, um.

nenhuma luz, neste etéreo.

apenas o leve incômodo. o nenhum amor. o peso de quem, tão cedo, não voltará.

quantas vezes sim?

quantas vezes em mim?

melancolia é doce fino em uma tarde de café.