segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Go Back...

Quão difíceis foram os tempos de exílio?

― Muitas foram as batalhas travadas e, de
arma em punho, um tanto de mim se
perdia, a cada golpe desferido. Depois, era
caminhar os campos: reconhecer, entre
os corpos tombados, os rostos de meus
irmãos. O calor da guerra, tudo desvirtua. Já
não é defender nossas terras e vidas que
almejamos. Antes, anseamos beber, num
cálice de glória, o sangue inimigo. Em dias tais, não
só a matéria, mas sobretudo a alma se faz
cativa. E quando o último, entre eles ou
nós, cai derrotado, ainda não é o fim. Havemos
de preparar o retorno; peregrinar ao encontro de
quem sempre ou nunca nos esperou. Não creio que
seja eu, mas estou de volta ao lar: ferida, maculada;
aqui estou, tal como não era quando parti. Há
quem ouça meus rumores? Há quem saiba o que
eu sei?

A guerra se faz com lâmina e fogo; a guerra é o amor.