É uma falange de dispersões que rodopia.
Hoje não chora, amanhã não ri, depois de amanhã esqueceu, daqui a um mês vinte e duas partes e daqui a um ano trezentos e tantos pedaços.
Lembrar é a causa de não seguir.
Dentro do grande armário das lembranças restam apenas grãos de areia guardados.
Grãos que remetem a praias distintas e distantes, grãos que constróem um mosaico de infortúnios e lamentações.
Lembrar, lembrar, lembrar e num sopro esquecer.
Esparramar e não saber se o vento voltará ou se a areia ficará dispersa,
perdida.
Para sempre perdida.