segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ausência



Beirut - Nantes
Found at skreemr.org


a mim, me confundem as tuas faltas
mais que a tua ausência em mim
a minha falta na tua falta
Campo Mourão/PR

8 comentários:

Anônimo disse...

Menina, isso é um trava-língua pro coração.
 
 
 

Anônimo disse...

Li quase todos os poemas e adorei praticamente todos os que li.
são lindos viu..

O Menino Trovador disse...

Nossa isso é mágoa tatuada na alma.

Adriano Veríssimo disse...

Nosso acordo.
Respondo com uma música. Aí vai pra você uma de Caetano:

"Que é que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que já nem me lembro, lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar...

Que é que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo, passas por mim
E um silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar

[...]"


é necessário sentir...

H. Henrique disse...

:O

Nossa que coisa mais divina!!!

Poucas palavras, milhões de significados!

Renata (impermeável a) disse...

é.....

a falta, ou seja a ausencia,
confundi muito as certezas!!!!

eu sei o que é isto.





ps. quem esta em campo mourão?

Polly Ana disse...

É incrível como a temática do 'puzzle', da lacuna, a peça faltante sempre retoma seu lugar em sua escrita. Gostei muito da repetição aparente do som do m, dando aquela impressão de melancolia mesmo. Poemas curtos que abrem caminhos do inferno e do paraíso...

Ps: Beirut para fechar foi esplendoroso!

marcela primo disse...

§

Antes de qualquer coisa, peço desculpas a vocês, amigos queridos, pela longa ausência.

Gosto sempre de responder todos os comentários, porém nos últimos tempos estive um tanto ausente. Ausente no sentido de tentar dizer algo e não conseguir... entendem?

Espero que não estejam chateados comigo, responderei agora, ainda que persista o sentimento de "mudez".

§

T.
Quando trabalhei com crianças com idade entre 3 e 5 anos, a forma que eu mais gostava de trabalhar eram os trava-línguas, muito mais do que as quadrinhas. As crianças pareciam se divertir muito mais com as coisas complicadas, difíceis de dizer, do que com a forma cantante e fluida dos versos. Sua lembrança sobre esta forma, criando a modalidade "travalínguas para o coração" me poupou algumas sessões de análise. Não é à toa que já na caixa de comentários reconheço-me como uma mafagafinha, rs... ;-)

§

Mah,
sua presença aqui me é muito cara.
Espero realmente que volte mais vezes.

§

Mu,
talvez seja, sim, mágoa... mas não tatuada, espero. Para manchas difíceis de sair, há sempre Vanish, rs... (momento merchandising =P )

§

Dri,
às vezes, sentimos sem necessidade também. ^^

§

Gu,
é muito gostoso quando isso acontece, não é? Quando a gente percebe que aquilo que dissemos tão despretenciosamente acaba ganhando novas e maiores dimensões a cada leitura.

§

Renata,
eu estive em Campo Mourão na semana do Carnaval. Entrei no msn na casa da minha prima e li no subnick do Murillo aquele poemeto que você gosta: "esta falta de/ foda/ me funde/a cuca". Aí comecei a brincar com a idéia e surgiu este novo poeminha.

§

Polly,
Sempre me encantam as suas interpretações sobre o que escrevo. Pensando a repetição dos sons nasais que você notou em comparação à repetição das fricativas e das oclusivas que se encontra no poemeto que serviu de mote (conforme expliquei à Renata) chego a um ponto de análise que me deixa pasma com o poder das palavras.

De fato, a ausência de sexo é a necessidade de contato, tais como são as fricativas e oclusivas, enquanto o presença dos erros e das faltas consequentes, permanecem em nós, assim como os sons nasais... como "um longo som redondo".

Obrigada por me fazer enxergar o óbvio! ;*

Obrigada também por ter me apresentado Beirut. Não fosse por você eu talvez não os conheceria ou tivesse conheceido de uma forma menos encantatória.

§