quarta-feira, 19 de março de 2008

Chuva



Meu deus, a chuva parou! Abri a porta nesta manhã e andei pela grama molhada, meus pés descalços sentiam o chão e a terra e os olhos molhados enchiam-se da luz do sol. Sentei-me embaixo duma árvore, numa pedra molhada, eu queria assistir o dia claro. A branca tez umedecia-se pelas finas gotas do vapor que voltava para o céu e os resquícios da chuva ainda molhavam o dia. Aquela massa densa de água molhava minhas têmporas, meus olhos, meus cabelos e lábios. Era uma espécie de suor que corria em sentido inverso, um suor que entrava pelos poros, tempestiava o branco dos olhos, relampejava nos cristais marrons de minha visão e acabava pelas transfusões químicas da poluição por cair acidamente de volta à terra corroendo as maçãs, o verde da grama e infertilizando a terra da semente.

5 comentários:

H. Henrique disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
achados e perdidos disse...

obrigada a ler... obrigada!

H. Henrique disse...

Olhaaa até que enfim acontece alguma coisa aqui!!!
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Bem, existe aquele velho ditado que diz: Se quer algo bem feito faça vc mesmo!!!

Nem sempre Deus está desocupado o bastante para atender todas as preces - rs

Sacou?

marcela primo disse...

§

Mumu...

Já te falei no msn que amei este texto, mas só agora parei para assistir ao vídeo.

Que inferno!

Eu amo a Cássia Eller, mas não canso de me surpreender com ela... Não conhecia essa música!

Obrigada, amore!

§

felipemaia disse...

Realmente: estamos somente começando. Mas é tão difícil se desapegar das coisas! O institucionalizado dificilmente se desfaz, não sei o porquê, mas sei que é assim!

Que pena que a minha visita a sampa deu no maior desencontro! :(

Bjuxxxx****
:D