(arte de Flor Garduño)
São puros os meus desejos; os medos, imemoriais.
Minha face tomada pelo perfume em teus cabelos;
minha boca em teus ombros: embriaguez.
São puros os meus desejos; os medos, imemoriais.
Minhas mãos, amantes, em tua pele de lírio;
Nossos lábios unidos, luz das manhãs.
São puros os meus desejos; os medos, imemoriais.
O frêmito em teu corpo na morada dos meus braços;
nossas pernas enlaçadas, teias de amor.
São puros os meus desejos; os medos, imemoriais.
Medo de ler nas tuas formas o que imagino todos os dias:
esta linguagem sem palavras que nasce em mim.
(dez/2006)
para a Dê
Medo de estar sob teus olhos e ao alcance de tua voz;
Desejo de me render ao teu domínio e desfalecer em teu colo.
São puros os meus desejos; os medos, imemoriais.
Minha face tomada pelo perfume em teus cabelos;
minha boca em teus ombros: embriaguez.
São puros os meus desejos; os medos, imemoriais.
Minhas mãos, amantes, em tua pele de lírio;
Nossos lábios unidos, luz das manhãs.
São puros os meus desejos; os medos, imemoriais.
O frêmito em teu corpo na morada dos meus braços;
nossas pernas enlaçadas, teias de amor.
São puros os meus desejos; os medos, imemoriais.
Medo de ler nas tuas formas o que imagino todos os dias:
esta linguagem sem palavras que nasce em mim.
(dez/2006)
8 comentários:
"A antiga ligação entre as coisas, a pessoa e seu nome ou objeto, por exemplo, é negada e surge a “onipotência dos pensamentos”, os pensamentos tornados “autônomos em face dos objetos”. O eu procura sua autoconservação, esse que é o medo imemorial de se perder, perder o próprio eu.
Olgária Matos analisando a Dialética afirma que “tanto a mitologia quanto o Iluminismo encontram suas raízes nas mesmas necessidades básicas: sobrevivência, autoconservação e medo”[10], o medo de se perder é que gera a volta do eu para si mesmo, esse primeiro passo em direção à negação do outro, e o “recolhimento egocêntrico” em si mesmo." (“A dialética do esclarecimento: o olhar crítico de Adorno e Horkheimer sobre a história do homem.” - André Sicchieri Bailão ")
Gostaria de agradecer pelas violetas. realmente, são flores que eu adoro, e até já tive muitas, em casa, quando tinha tempo de cuidar delas. O visual ficou lindo mesmo. Como é que se faz para introduzir um tema musical no blog? Ainda sou aprendiz de feiticeira...
LIASOPHIA. Beijos...
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Caro anônimo,
De fato, o sujeito não haverá de ser o mesmo ao transpor seus limites e colocar-se numa relação intersubjetiva.
Menos, talvez, pelo desconhecido que há no outro e mais pelo desconhecido que há em nós.
É muito fácil tecer discursos sobre si. Discursos que possam nos definir e que nos dê segurança para caminhar nesta selva oscura.
Mas não me iludo de que sejam totalmente verdadeiros. Nego, também, esta onisciência e sei que só conheço parte, fragmentos de mim.
Gostei de sua visita... espero que volte, mas, da próxima vez, que mostre um pouco mais de si e de suas idéias... (apesar de ter me sentido lisonjeada pelas referências biblográficas, rs...)
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Lia Sophia,
Não há o que agradecer. Fiz com muito gosto e, agora que começaram suas postagens, fico ainda mais feliz por ter participado na "decoração" do espaço. Seus textos são lindos e envolventes!
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Querido,
Lamento profundamente a ausência da estrela que tem trazido luz à minha existência.
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http://www.mp3tube.net/br/musics/Ceumar-Avesso/114375
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Por que o medo???
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Ai, Lipe...
Acho que faltei às aulas de amar...
Sou burra demais pra isso!
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