Outro dia, desses dias em que chorei, o André me abraçou pra eu nunca mais querer partir e disse que eu era uma menina. Menininha de seis anos. Sorriu. Sorri; chorando ainda porque preciso crescer e não sei como isso acontece.
Eu imaginava que a gente crescia um pouco a cada amanhecer, então, já velhinhos, a gente passava a encolher e encolher até desaparecer pra sempre desse mundão de Deus. Acho que foi meu pai que me ensinou assim. Mas o sol vem muito freqüentemente por aqui e continuo a mesma tontinha de vinte e cinco anos atrás. O pai gosta de contar causos pançudos e eu tento acreditar, porque sei que cada história é um presente.
Meus olhos brincam com qualquer coisa, pequeninha, que eu ganhe. Seja a boneca que vi num anúncio de televisão (tão linda), o caramelo comprado na doceria do seu Sílvio ou a letrinha que me foi ensinada ontem. Eu me alegro muito facilmente ainda, percebe-se.
Só às vezes, e às vezes tem se repetido com frequência, sou triste. Triste, me transformo na boneca de louça que minha mãe sempre teimou em não quebrar. Ela fingia que sim, mãe brava, mas eu sei que os cuidados persistem. Desse jeito amor de mãe põe medo em criança que quer crescer, pois em muito lembra a dívida que todos nós temos com nossosenhorjesuscristinhoquemorreunacruzparanosredimirdospecados. Mãe, quando a gente-anjinho morre, vai pro céu? Se eu rezar bastante e tomar biotônico acordo bem crescida?
Faz um sol bem bonito - com montanha gaivota e mar - um sol que seja abraço infindo e eu sei que não vou mais querer fugir.
Só às vezes, e às vezes tem se repetido com frequência, sou triste. Triste, me transformo na boneca de louça que minha mãe sempre teimou em não quebrar. Ela fingia que sim, mãe brava, mas eu sei que os cuidados persistem. Desse jeito amor de mãe põe medo em criança que quer crescer, pois em muito lembra a dívida que todos nós temos com nossosenhorjesuscristinhoquemorreunacruzparanosredimirdospecados. Mãe, quando a gente-anjinho morre, vai pro céu? Se eu rezar bastante e tomar biotônico acordo bem crescida?
Faz um sol bem bonito - com montanha gaivota e mar - um sol que seja abraço infindo e eu sei que não vou mais querer fugir.
(imagens do livro Le Petit Prince, de Antoine de Saint-Éxupéry)
5 comentários:
As vezes eu me sinto pequenininha, e tenho vontade de não crescer...
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Eu gosto dos versos de Muilo Mendes que dizem que "ainda não estamos habituados com o mundo.../Nascer é muito comprido."
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"Só às vezes, e às vezes tem se repetido com frequência, sou triste" eh uma frase muito triste mas bonita
vi o link do blog na comu boa nova uma utopia,parabens,tem muito sentimento por aqui
ateh breve ;)
vcs tem uma amizade muito forte
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Temos, sim! =)
Obrigada pela visita, até!
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