Poema que escrevi durante uma série de conversações poéticas com o amigo Fábio Leonel de Paiva e com o qual representei a cidade de Osasco no Mapa Cultural Paulista no biênio de 2005/2006.
Resposta em duas partes
I
Altaneiros teus versos cruzam mares
De palavras concertadas em luz...
O tolo viu-se belo em teus cantares
— melodia e vaidade, sonhos nus —
Faz-se um mundo o que era tão estreito
E dilui-se já em questão cruel:
Que beleza existiu no antigo feito?
Alçou, teu canto, uma pedra ao céu.
Nenhum mérito ou leveza contidos
No prisma com carinho esquadrinhado,
Na dedicatória tão mal escrita,
Nos alheios ditos... minha desdita...
Pois são um grito desequilibrado
— Tecido sobre versos jamais lidos.
II
Por instantes o pássaro impedido de cantar se imaginou liberto
E agora o eco da gratidão soa triste em mim
Em quaisquer ouvidos sou
Voz muda
Interrompida
Esquecida
Interrompida
Esquecida
Nos subsolos
escorregadios
da memória escondida
7 comentários:
Nossa!
Como passo com vc! Caralho!
lindo demais!!
Porque removeu o comentário com o nome Arlequinal?
Eu tinha mudado, só que lembrei que todas as outras rápidas citações só possuiam o nome do autor.
É mais estético.
Marcela, esse poema é mesmo a sua cara!
Uma mulher, uma menina cheia de anseios e desejos, tímida e retraída no falar. Solta-se no teatro. Alça amplos vôos na poesia!
Só acho que sua voz poderia ser muito mais ouvida!
§
Hugo,
até pra me elogiar você precisa usar palavras feias?
§
Mu,
lindo foi o seu último post. Estou adorando dividir este espaço com você. Só não entendi o post "Canções".
Beijo, amore...
§
Edinho,
mas você diz, assim, que a minha voz deveria ser mais ouvida enquanto ser falante que sou, né?
Porque como ser cantante... kkkkk
§
Altaneiras, tuas palavras, concertadas em bits, chegam a mim!!!
Maravilhoso!!!
:)
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