terça-feira, 1 de julho de 2008

Deitada no topo...

Gustav Klimt - The Sunflower


*para ler ouvindo The Scientist, Coldplay;
continuar ouvindo depois de ler e,
se possível, voltar ao começo...



Deitada no topo do meu girassol, esqueço melhor o mundo. Mundo inventado em pedacinhos de papel; desenhado nas paredes de meu quarto com um movimento de olhos. Às vezes, o corpo cansa desses jogos - de vida ou de invenção - e precisa estar quieto. Esqueço tudo; esqueço de mim na superfície desta ou daquela flor. É o sol, somente, a vestir quentinho a pele nua, o coração exposto. Nenhum êxtase ou comoção; apenas a calma, a serenidade.


7 comentários:

Lomyne disse...

Eu ainda sou partidária do tumulto amoroso no lugar da serenidade... Vai ver por isso amo por turbilhão...

p.s.: eu vi o texto do Adriano... é bem mais poético do que o meu, e também mais caótico... Será que de alguma forma a poesia vem do caos?

felipemaia disse...

"Nobody said it was easy"...
É querida amiga, Ces´t la vie!

Mas a idéia da música com o texto foi ótima!!!

Bjuxxxx*****
:D

O Menino Trovador disse...

Vou roubar esse texto pra colocar no meu profile!!!


Me deixou sem palavras.
Não sei se te interessa, mas quando Van Gogh começou a pintar quadros amarelos foi o momento em que ele se distanciou da sanidade social e mergulhou em seu mundo. ele não conseguia mais voltar para a superfície onde todos nós nos encontramos, por isso foi denominado insano.

marcela primo disse...

§

Lomyne,
a idéia é essa mesma.
Toda essa agitação interior, medos e paixões, nos deixam um tanto cansados em algum momento. Não é uma escolha... é um sentimento, uma sensação. Obrigada pela presença!

§

Lipe,
essa música me remete a sentimentos que transcendem a letra e a música - além do clipe que é maravilhoso.
Ela faz parte de uma montagem que reúne duas peças de Brad Fraser: Restos humanos não identificados e A verdadeira natureza do amor. Assisti na EAD em 2006 (o Murillo também assistiu, mas fomos em dias diferentes).
Não sei, mas depois de tanto tempo, as impressões causadas pelo espetáculo se tornaram mais vivas do que nunca. Assim, do nada. Ah... sei lá... essas coisas que só a arte proporciona...

§

Mu, eu me sinto muito honrada por estar no seu profile. Assim, como me sinto muito feliz por ter sua amizade. Você, sem dúvida, é uma das pessoas que mais admiro e amo. E são vocês, pessoas que admiro e amo, que me ajudam a tornar à superfície.
Eu não sabia sobre essa particularidade do Van Gogh. A Rita me disse, certa vez, que eu deveria ler Cartas a Theo, que tinha algo a ver comigo. Ainda não o fiz, talvez fosse o momento.
Hoje eu te vi de longe... eu estava na Escola de Artes e você vinha em nossa direção (eu estava com o Kadu e a Carol), mas atravessou a rua novamente. Pensei que voltaria, mas não voltou... =/
Se eu soubesse teria gritado, corrido, qualquer coisa... porque eu preciso muito do seu abraço.
Estou com saudades... e também quero te parabenizar pelas premiações no Fect. Apenas hoje, eu soube... Parabéns! Não assisti aos outros, mas tendo em vista a apresentação de vocês, sei que foi merecido. Parabéns, mesmo!

Beijo!

§

Anônimo disse...

"Às vezes, o corpo cansa desses jogos - de vida ou de invenção - e precisa estar quieto".

É vero.


A música ficou perfeita. :)
 

Unknown disse...

Deitada ao girassol vc deve seguir o Sol

=)

marcela primo disse...

§

Eu não queria seguir ninguém, eu não quero seguir...

§